quinta-feira, 7 de junho de 2007

Fonte de energia barata usa qualquer tipo de combustível

Um novo tipo de célula de combustível, muito mais eficiente, foi desenvolvido por uma empresa americana. A célula usa qualquer tipo de combustível para gerar eletricidade e calor. Como é mais eficiente do que motores tradicionais, a nova célula produz menos CO2 e gasta menos combustível por quilowatt.

Segundo o site ecológico Tree Huggers, a nova célula de energia usa um óxido sólido parecido com a cerâmica. A célula é mais eficiente que os geradores de energia comuns, movimentados por um motor a explosão semelhante ao dos automóveis. Além de liberar na atmosfera uma quantidade menor de gás carbônico, a nova célula também permite o uso de uma infinidade de combustíveis, indo do hidrogênio até o bio-diesel.

A tecnologia do hidrogênio como combustível ainda é um sonho distante. O hidrogênio produz na sua queima apenas água pura e, portanto, não polui o planeta. A nova célula de energia pode usar hidrogênio, mas mesmo quando este não esteja disponível é possível usar outros combustíveis carbônicos, como o gás natural, o bio-gás, a gasolina, o álcool em suas diversas formas e até o bio-diesel. Embora a célula libere CO2 ao usar esses combustíveis, o faz em menor quantidade do que um gerador comum de eletricidade. Segundo o site EcoGeek, a nova célula queima a metade do carbono que um gerador tradicional queimaria para gerar a mesma quantidade de energia.

A produtora da nova célula de energia, a Acumentrics (www.acumentrics.com), pretende desenvolver produtos baseados nessa tecnologia para levar energia elétrica até locais desconectados da rede de distribuição dos EUA - como os parques nacionais, por exemplo. Outro uso seria para alimentar de forma eficiente e silenciosa acampamentos e bases militares durante operações de guerra. A empresa promete ainda um produto menor, para gerar eletricidade e calor de forma barata para residências.


Fonte:
http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1671658-EI4799,00.html

Poucas empresas brasileiras têm blogs

Para muitos, os blogs estão revolucionando definitivamente as relações pessoais, assim como os negócios, a política, a carreira e até mesmo a cultura. Transformados em fenômeno nos Estados Unidos, os chamados “diários da internet” ainda são pouco utilizados por empresas brasileiras em suas estratégias de comunicação e marketing.

Este foi o resultado principal de pesquisa desenvolvida por iniciativa da firma Rapp Collins, coordenada por Ricardo Pomeranz. Ao todo, foram ouvidos representantes de 1008 empresas, entre agosto e setembro de 2006. Conforme o estudo, 0,54% das empresas possuem blogs próprios e apenas 2,62% capturam dados dos clientes nos blogs externos à empresa e nas redes sociais de relacionamento.

Segundo o responsável pela pesquisa números tão pequenos mostram que as empresas estão deixando de ganhar dinheiro. “Estamos vivendo o momento do surgimento de um novo consumidor, que está em todos os lugares, ao mesmo tempo. As empresas devem se valer das inúmeras maneiras e ferramentas de se interagir com os consumidores e o blog é uma delas”, diz Pomeranz, sócio-presidente da Rapp Collins Brasil.

Ainda conforme o levantamento, apenas 5,55% das empresas que desenvolvem ações de relacionamento com seus clientes fazem campanhas utilizando as redes sociais de relacionamento.

A pesquisa apontou ainda que, dentre as empresas que mantêm blogs, 20% contrataram um funcionário exclusivamente para desenvolver esta ferramenta; 20% contrataram uma pessoa ou empresa externa para responder em seu nome; e 44% utilizam a participação dos próprios funcionários.

Além disso, o estudo apontou que 8% das companhias pesquisadas permitem que pessoas de fora alimentem o blog sem restrições e ainda 8% oferecem incentivos não financeiros para pessoas/empresas externas.

“Apesar de 70 mil novos blogs serem criados em média por dia no mundo, esta ferramenta é ainda uma novidade para as empresas, que estão acostumadas com os processos convencionais de comunicação", diz o executivo. Para ele, um empecilho pode ser a preocupação com a segurança.

"As companhias querem saber como se dará o controle das informações postadas no blog e garantir que a mensagem seja passada ao público com o conteúdo e forma desejados”, completa.


Fonte: http://www2.uol.com.br/canalexecutivo/notas07/200320078.htm

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Apagão gerou lucro para empresas de energia

A privatização das companhias de energia elétrica no Brasil elevou o custo do serviço para a população mais pobre. De acordo com uma pesquisa realizada no Insituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP, a mercantilização do setor acabou com a proteção que existia à população de baixa renda.

"Entre junho de 1994 e agosto de 2000, por exemplo, o aumento para os consumidores residenciais de até 30kWh (o menor dos níveis de consumo estabelecidos) foi de 359,44% acima da inflação do período", conta o pesquisador José Paulo Vieira, que analisou os resultados da privatização do setor em sua tese de doutorado.

Segundo o engenheiro, o custo da energia elétrica faz variar a cesta básica do trabalhador, o preço da própria mão de obra e a competitividade de muitas empresas. "A privatização não cumpriu a maior parte das promessas que fez. Além disso, programou e lucrou com os apagões que trouxeram aumentos de preços, maiores justamente para a população mais pobre", explica Vieira.

O pesquisador defende que produtos como a energia elétrica, por serem estratégicos para o país, não podem seguir a lei do mercado, são 'antimercadorias`. De 1995 a 2002, a tarifa de eletricidade residencial cresceu 183% e a industrial 130%. No mesmo período, a cesta básica sofreu um aumento de 54% e o salário mínimo 114%. "Apesar de a iniciativa privada ter diminuído os custos e feito muitas demissões, a energia ficou mais cara. Devido a esse aumento o país perdeu competitividade no comércio e na indústria e a população bem-estar."

"O Brasil paga hoje R$ 15 bilhões a mais por ano de tarifas do que quando as empresas eram estatais, isso sem contar custos como os do seguro Apagão", explica Vieira. O chamado Apagão, ocorrido em 2000, foi programado para aumentar a margem de lucro das empresas. Segundo o pesquisador, estava claro havia alguns anos que isso iria acontecer. "Enquanto o setor público realiza uma manutenção preventiva, no privado ela apenas vai corrigir os problemas que já aconteceram", critica. "Foram dois apagões de nível nacional e um racionamento em menos de dois anos", lembra Vieira. " Uma certa capacidade ociosa que fazia parte da lógica do setor nacional para aumentar a confiabilidade do atendimento, não faz sentido na lógica privada: por que deixar sobrando se isso pode ser fonte de lucro?", questiona.

Para o pesquisador, as promessas de melhor qualidade e melhor preço da energia elétrica não foram cumpridas e as agências reguladoras não têm muito poder para enfrentar os grandes grupos econômicos. Quando elas estavam sendo criadas as empresas de energia já tinham muito poder e experiências em outros países, com isso, elas conseguem grandes aumentos de tarifas.

Vieira, junto com pesquisadores do IEE, participou da elaboração da sugestão de um novo modelo de setor elétrico, apresentado para o presidente Lula. Na proposta, os investidores privados seriam contratados apenas para construir e operar usinas e linhas e de transmissão. Já o planejamento e a formulação de políticas públicas seria feito pelo Ministério de Minas e Energias. Este novo modelo está sendo adotado em parte pelo governo. "Para implantá-lo, todavia, serão utilizados leilões, o que mostra que a lógica do mercado continua regendo o setor", conclui Vieira. (Agência USP de Notícias - Marina Almeida)

Mais informações: zep@termoasu.com.br ou zep@usp.br, com o pesquisador